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11 de fev. de 2011

Ahñ??? Alguém por acaso conhece estas definições para as melhores madrugadas da vida de um jovem?
Piano? Canção romântica?
Francamente, a coisa mais romântica que toca na balada é Shakira. Chopin? Bom, a coisa mais próxima é Methalicca...

Hoje demos à palavra um novo sentido, que diga-se de passagem é bem mais interessante. A balada é uma etapa importante para a vida do jovem. Minha avó se não estivesse doente diria que estamos perversos: “Onde já se viu, essas meninas soltas pela rua, de madrugada, com sainhas curtinhas? E esses rapazes bebendo como mortos de sede no deserto?? Esse mundo está mesmo perdido...”

Balada dá a esperteza que precisamos para estarmos mergulhados neste mundo às avessas. O que seria de nós sem os beijos noturnos, sem os abraços quentes, sem as músicas estourando os tímpanos?

É na balada que descarregamos nossos cansaços, nossos desgostos, nossa falta de bom senso. Na madrugada fria nos aquecemos e na quente pegamos fogo. É o nosso momento mais jovem. Como o mundo está em constante transformação, estamos ganhando responsabilidades cada vez mais cedo, temos uma vida de pseudoadultos e não de jovens. Descontrair para nos tornarmos normais, para sermos jovens de fato.

Você já parou para observar como um jovem que não vai às baladas é um ser a parte do mundo? Ele simplesmente não pode ser considerado normal, deve ouvir Nelson Ned e Angela Maria e ler Sabrina antes de dormir. É o tipo de gente que vê gnomos e morre de medo de bruxas. É um ser quase sempre excluído, o laranja da turma, o zé-tontão. E a primeira balada de alguém assim é uma perdição. Eles querem beber de tudo, dançar com todo mundo e catar qualquer coisa, só para acordar dizendo que beijou na boca.

Estar na balada é bem mais do que sair para se divertir. É curtir os amigos, conhecer pessoas, esbarrar no amor, ser livre por um instante fazendo algo que agrade, deixar a música levar o corpo para um estágio de prazer. O que nunca pode faltar é alegria e responsabilidade. Um bom baladeiro tem direitos e deveres, e deve exigir e cumprir todos eles.

Você não pode achar que a pista é um ringue e sair se achando o Popó, batendo em todo mundo. Deve ser responsável o bastante para curtir a noite com respeito a si próprio, preservando a sua vida antes do uso de drogas e bebidas alcóolicas. É claro que ninguém vai para a balada só para dançar, como não vai só para beijar, mas que nunca seja só para beber, sacou? O bom mesmo é unir o útil ao agradável...
Você chega, mede o ambiente, mira um alvo, toma uma bebida que seja suficiente para você, vai para pista, dança, dança, dança...até que o alvo esbarra no seu ombro e como quem não quer nada, pede aquela desculpa esfarrapada, e basta para você conversar horas a fio, beijar muito na boca e ser feliz pela noite toda. Se rolar a troca de telefones você irá passar a semana inteira esperando o telefone tocar ou irá fazê-lo para não ter que esperar. Mas se foi só aquele momento e nada mais, você terá aprendido alguma coisa com aquele alguém, que usará na próxima balada.

Mas... e se eu não beijar ninguém? Confesso que acho bem melhor não beber nada, mas se você não beijar e daí? Virão outras baladas e um dia, quem sabe, você não esbarre em alguém que também precisa de companhia.

Balada é refúgio do jovem, é a busca da felicidade que esteve oculta durante a dia todo.

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